Sinopse: Verão de 1942. Anne tem tudo o que uma garota de sua idade almeja: família e noivo bem-sucedidos. No entanto, ela não se sente feliz com o rumo que sua vida está tomando. Recém-formada em enfermagem e vivendo em um mundo devastado pelos horrores da Segunda Guerra Mundial, Anne, juntamente com sua melhor amiga, decide se alistar para servir seu país como enfermeira em Bora Bora. Lá ela se depara com outra realidade, uma vida simples e responsabilidades que não estava acostumada. Mas, também, conhece o verdadeiro amor nos braços de Westry, um soldado sensível e carinhoso. O esconderijo de amor de Anne e Westry é um bangalô abandonado, e eles vivem os melhores momentos de suas vidas... Até testemunharem um assassinato brutal nos arredores do bangalô que mudará o rumo desta história. A ilha, de alguma forma, transforma a vida das pessoas, e este livro certamente transformará você.

Não esperava muito do livro quando o recebi para fazer resenha, afinal esse não é um dos meus gêneros favoritos, mas gostei muito da leitura, e nessa resenha vou explicar o porquê.

Anne Calloway é a personagem principal, e nos cativa logo de cara. Suas ações e atitudes são coerentes e justificáveis. Foi a personagem que mais gostei. Já Kitty Morgan, sua melhor amiga, foi a personagem que mais me deu raiva durante a narrativa. Desde as primeiras páginas a autora dá pistas do caráter de Kitty, e sempre senti que essa personagem ia aprontar muito. Não vou contar o que ela faz para não soltar nenhum spoiler, mas acho que todo leitor vai se incomodar com Kitty.

Westry é o típico mocinho, educado, generoso e altruísta. Ele é um soldado que vive na ilha de Bora Bora e está lá para lutar na guerra. Anne é uma enferemeira, então não demora muito para que os dois se encontrem e comecem uma amizade. Ao passar dos dias essa amizade vai se transformando em algo mais forte e faz com que Anne questione seu relacionamento com o seu noivo que deixou em sua cidade. 

O romance entre Anne e Westry foi bem construído, e a autora encerrou o romance fechando todas as pontas soltas. O único ponto que me incomodou na história foi a real identidade do "vilão" da ilha. Achei muito previsível, Sarah Jio poderia ter sido mais criativa e ter inovado nessa questão. Mas, afinal, é um romance, não um livro de suspense, então isso pode ser ignorado. 

O estilo da escrita me lembrou bastante dos livros de Nicholas Sparks, onde os personagens levam anos para ficarem juntos e retomarem sua história de amor. O cenário não poderia ser mais maravilhoso: Bora Bora. A autora nos faz viajar junto com Anne, naquela ilha paradisíaca. Em diversas cenas me imaginei naquela praia ou no bangalô, apenas aproveitando a natureza e a vista maravilhosa. 

Gostei bastante do livro "Bangalô", é um romance que mistura um pouco de tudo, e acaba nos mostrando como um grande amor pode vencer os obstáculos com o passar do tempo.

Ainda não li os outros romances da Sarah Jio publicados pela Novo Conceito, mas depois de ter lido "Bangalô" vou dar uma chance! Todos falam super bem do romance "As violetas de março".