Resenha: Cidades de Papel

by - quarta-feira, outubro 09, 2013

Cidades de Papel - John Green

Sinopse: Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma. Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte. Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.

"Nunca deixei de pensar que ela talvez gostasse tanto de mistérios que acabou por se tornar um."

E eu começo a resenha com esse quote do livro. Não há frase melhor que defina Cidades de Papel. Assim que saiu, a Intrínseca nos enviou um exemplar para resenha. Como eu amo TODOS os livros do John Green, comecei a ler na hora. Posso dizer que esse foi o livro que mais me identifiquei. 

Quentin é apaixonado pela sua vizinha, uma garota linda e corajosa chamada Margo. Na escola, os dois mal se falam. Ele tem amigos incríveis e muito engraçados, que estão com um grande problema: arranjar um par para o baile. Quentin odeia bailes, por isso não está nem aí se tem par ou não. Só se importa com Margo. E então, quando ela entra dentro de seu quarto em uma noite, tudo muda. Ele tem a noite mais incrível de sua vida, vingando-se de todos que enganaram Margo, mas no dia seguinte ela simplesmente desaparece, e Quentin não vê outra saída senão seguir as pistas que ela deixou.

Esse foi, de longe, o livro que eu mais gostei do John Green. A maneira como eles se divertem juntos na noite, executando vinganças e fugindo, sendo corajosos e únicos... Tudo isso me lembrou das melhores noites da minha vida. É incrível como uma pessoa pode mudar a sua vida em apenas uma noite. Quentin poderia ter ficado em casa dormindo, afinal era um dia de semana... Mas se arriscou e teve a melhor noite da vida com a garota que ele estava apaixonado.

A maneira como John Green descreve as cenas, os sentimentos dos personagens, os diálogos, enfim, é muito intensa e, da mesma forma, natural, como se estivesse descrevendo sua própria noite, e não de personagens inventados. 

Os amigos de Quentin são incríveis, eu ri muuuuito, nunca vi personagens secundários tão bem construídos! Gostei bastante de Margo também, apesar de não entendê-la em alguns momentos. 

O desenrolar da história foi um pouco lento, ele passa praticamente o livro inteiro tentando achá-la. Mas, afinal, quem pode culpá-lo? Se você fosse apaixonado por uma pessoa, e se essa pessoa simplesmente desaparecesse, você também não faria o possível e o impossível para encontrá-la? Eu faria. 

A noite e o final do livro são os momentos que eu mais AMEI. Sério, não conseguia parar de rir. Tornou-se um dos meus favoritos. Os personagens são demais, as cenas, perfeitas, assim como os quotes que separei para vocês. Uma leitura obrigatória para quem se apaixonou pela noite e deixou a pessoa ir embora...

"Mas também podemos dizer que existe algo de tragicamente heroico em lutar uma batalha na qual se está fadado a perder."

"São essas coisas que eu não consigo entender, e me dou conta de que não conhecia Margo. Eu conhecia o cheiro dela, e sabia como ela se comportava diante de mim, e diante dos outros (...) Mas eu não sabia o que a havia trazido até aquele lugar, ou o que a havia mantido nele, ou o que a levara a ir embora. Eu não sabia por que ela possuía milhares de vinis mas nunca sequer falou para ninguém que gostava de música. Eu não sabia o que ela fazia à noite, com as persianas fechadas, a porta trancada, na privacidade de seu quarto."

"É muito difícil ir embora - até você ir embora de fato. E então ir embora se torna simplesmente a coisa mais fácil do mundo."

"Só quero me lembrar dela. Uma última vez, quero me lembrar dela enquanto ainda espero vê-la novamente."

"- Nada acontece como a gente acha que vai acontecer. - Verdade. Mas, se você não imaginar, as coisas sequer chegam a acontecer."

"- Acho que o prazer não está aqui dentro. - E onde está? - perguntei. - No planejamento, eu acho. Não sei. Fazer as coisas nunca é tão bom quanto imaginá-las."

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8 comentários

  1. OMG mal posso esperar para ler esse livro o/
    Resenha show!

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  2. Oi, tudo bom?
    Passando para deixar um comentário rsrs
    Esse livro parece ser demais !
    To muito ansiosa para lê-lo , amei a resenha :)
    Beijos*-*
    Território das garotas
    http://territoriodascompradorasdelivro.blogspot.com.br/

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. O livro parece muito bom mesmo!!!
    Amei o blog, seguindo, retribui?
    Bjus

    http://infinitoparticulardoslivros.blogspot.com.br/

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  5. Ainda não li nada do John Green, e não é por falta de vontade. Mas esse e o Teorema Katharine parecem ser bons.

    Beijos,
    Bell

    http://contosdoguerreiro.blogspot.com.br/ ( se puder segue lá)

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  6. Nunca li JOHN GREEN, mas todo mundo fala muito bem dele! Espero ler logo!
    Acho que vou começar por esse, o que acham?
    Bjs, Gabi.

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  7. MORRI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! "- Nada acontece como a gente acha que vai acontecer. - Verdade. Mas, se você não imaginar, as coisas sequer chegam a acontecer."
    QUERO LER

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  8. ''e você fosse apaixonado por uma pessoa, e se essa pessoa simplesmente desaparecesse, você também não faria o possível e o impossível para encontrá-la? Eu faria.''

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