Resenha: Apenas um garoto - Bill Konigsberg
Sinopse: Rafe saiu do armário aos 13 anos e nunca sofreu bullying. Mas está
cansado de ser rotulado como o garoto gay, o porta-voz de uma causa. Por
isso ele decide entrar numa escola só para meninos em outro estado e
manter sua orientação sexual em segredo: não com o objetivo de voltar
para o armário e sim para nascer de novo, como uma folha em branco. O
plano funciona no início, e ele chega até a fazer parte do grupo dos
atletas e do time de futebol. Mas as coisas se complicam quando ele
percebe que está se apaixonando por um de seus novos amigos héteros.
Apenas um garoto foi o primeiro livro com protagonista gay que li sem que fosse do David Levithan. Escrito por Bill Konigsberg, essa história foi uma deliciosa surpresa para mim, que não conhecia o autor.
O livro gira em torno de Rafe, um garoto que se assumiu gay com apenas 13 anos. Apesar de todas as dificuldades que isso carrega, ele nunca escondeu quem realmente era... bem, até agora. Porque ele está cansado de sempre ser conhecido como o gay, e não como o Rafe. Por isso, se muda para uma escola em outro estado, onde só meninos estudam. Lá, ele decide que não sera Rafe, o gay, e sim Rafe, o atleta. E o plano funciona muito bem. Seu colega de quarto tem suas suspeitas, mas logo o nosso protagonista o interrompe e afirma que é hétero. Além disso, Rafe faz amizades com os garotos do time de futebol, o que acaba ajudando-o a esconder seu segredo. Mas se apaixonar por seu amigo Ben não estava em seus planos, até mesmo porque Ben é hétero.
Ufa, já dá pra ver que o enredo é ótimo, né? Acho que livros assim são excelentes para criar empatia. É muito tocante ver o outro lado, ver como a pessoa que opta por uma sexualidade diferente é rotulada - e até mesmo humilhada - pela sociedade. Rafe é um personagem super bem construído, você entende as motivações dele e torce o tempo todo para que tudo acabe bem.
Outros personagens, como os pais de Rafe e Olívia também são ótimos e cativantes. Se todos os pais fossem como o dele, o mundo estaria bem melhor e livre de preconceitos.
Durante a leitura de Apenas um garoto me peguei várias vezes me sentindo muito mal pelo Rafe. Como deve ser difícil você esconder seu verdadeiro eu, ainda mais na frente dos seus amigos e pessoas de quem você gosta. O final da história me deixou triste, de verdade. Mas é um livro real. Sei que muitas pessoas só gostam de livros que terminam com um final feliz, o que é errado, porque a vida não é assim. Mesmo que o Rafe seja só um personagem, ganhou um espacinho no meu coração, e eu desejo tudo de melhor para ele.
Leitura obrigatória para quem ama uma boa história!
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3 comentários
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO livro parece muito bom mesmo!
ResponderExcluirE realmente, estamos tão acostumados com finais felizes. Quando uma história não acaba do jeito que esperamos, acaba ficando uma sensação diferente.
O bom mesmo é descobrir um novo autor e ser surpreendido!
Beeijos!
Já me angustiei lendo a resenha, imaginar por tudo que passou! Nem quero imaginar o final!
ResponderExcluirBeijos!
EsmaltadasdaPatyDomingues