O Primeiro Dia do Resto da Nossa Vida conta a história de Tess e Gus. Não, os dois não se conhecem, e você passa o livro inteiro se perguntando se vão se conhecer. Em cada capítulo conhecemos um pouco de cada personagem: as responsabilidades que Tess precisa assumir após a morte de sua mãe, como abdica tudo para criar a irmã mais nova, a falta de um diploma... E também Gus, que cursa Medicina, perdeu o irmão em um trágico acidente e precisa viver com a culpa.

O mais legal de tudo é que a história começa na Itália, com Tess e Gus se esbarrando! E durante várias cenas do livro, eles se cruzam, mas nunca se conhecem. Isso me deixou triste, porque queria muito que eles se falassem, mas ao mesmo tempo percebi a beleza disso: quantas vezes já passamos ao lado do amor de nossas vidas, e não fazemos nem ideia?

Tess é uma personagem cativante, mas que me deu pena. Sim, pena. Pois teve que desistir de tudo (faculdade, festas, amigos) para criar a irmã mais nova, Hope, já que o pai não estava nem aí. Para tornar a situação mais complicada, Hope tem uma doença que requer atenção.

 Gus, por outro lado, é aquele personagem que você pensa: "poxa, ele é rico, tem tudo, não vou gostar dele", mas acaba amando. Apesar de não ter uma vida tão sofrida como a de Tess, ele também sofre. Ao longo dos anos, aliás, a gente vai ficando triste por eles, porque passam por tantas coisas difíceis, que você pensa: se esses dois não ficarem juntos, acabou a esperança!

Amei a escrita de Kate Aberlen. É leve, cativante e você não consegue parar de ler. É o primeiro livro que leio da autora, e com certeza lerei mais! Vejo facilmente O Primeiro Dia do Resto da Nossa Vida se transformando em filme.

Alguém aí já leu?