Resenha: Deuses Americanos - Neil Gaiman

by - quarta-feira, junho 28, 2017



Sinopse: O criador de Sandman reúne os deuses de todas as mitologias para atacar a América. Deuses Americanos, o melhor e mais ambicioso romance de Neil Gaiman, é uma viagem assustadora, estranha e louca que envolve um profundo exame do espírito americano. Gaiman ataca desde a violenta investida da era da informação até o significado da morte, sem sacrificar seu peculiar senso de humor e a rica estilo narrativo que ele vem exibindo desde Sandman. Após a morte de sua esposa em um acidente de carro, Shadow é liberado da prisão antes de cumprir totalmente sua pena. Perdido, acaba por conhecer um homem misterioso, chamado Wednesday, que será muito mais importante na vida de Shadow do que ele imagina. Shadow aceita trabalhar para Wednesday, e eles se lançam em uma tempestade psicoespiritual que se torna demasiadamente real em suas manifestações. Armado somente de seus truques com moedas e alguma determinação, Shadow inicia uma viagem fantástica pela superfície visível das coisas - ao seu redor, sob ela -, literalmente descobrindo todos os poderosos mitos que os imigrantes europeus trouxeram com eles quando chegaram àquelas terras, assim como os que já viviam lá. Eles aparecem ali onde menos se esperava, zanzando na beira de estradas, comendo hambúrgueres, são agora trapaceiros, prostitutas, sombras. "Esta não é uma boa terra para deuses", diz Shadow. Mais do que um turista na América, Neil Gaiman oferece uma perspectiva de fora para dentro - e, ao mesmo tempo, de dentro para fora - da alma e espiritualidade do país e do povo americano: suas obsessões por dinheiro e poder, sua miscigenada herança religiosa e as conseqüências sociais, e as decisões milenares que eles enfrentam sobre o que é real e o que não é.

Eu amo os livros do Neil Gaiman, eles têm sempre essa vibe meio doida, criativa e genial. Com Deuses Americanos, não foi diferente. O livro, que foi publicado em 2001, ganhou até série de TV esse ano, na Amazon Prime Video (tipo um Netflix). 

O livro conta a história de Shadow, ex-presidiário que só quer reencontrar sua mulher, Laura, e esquecer que ficou anos e anos na cadeia. Mas assim que sai, descobre que ela morreu. Desnorteado, ele encontra com um cara peculiar no avião, que lhe faz uma proposta - trabalhar para ele e não fazer perguntas. Shadow aceita, e sua vida nunca mais será a mesma. 

Já havia lido Os Filhos de Anansi, que também tem essa pegada de deuses, mas não consegui me identificar com a história. Com Deuses Americanos foi completamente diferente. Apesar de não ser o herói perfeito, gostei muito do Shadow, ele cativa de alguma maneira, e quando a gente vê, já está torcendo por ele. 

O livro é cheio de deuses e histórias incríveis. Não reconheci quase nenhum, acredito que não tem nada a ver com mitologia grega, é longe de ser um Percy Jackson. É uma leitura mais madura, já que contém cenas de sexo, muito palavrão, etc. 

Em Deuses Americanos você também pode esperar cenas de ação, reviravoltas e até mesmo um pouquinho de romance. O ponto negativo do livro é que por conta de tantos personagens a gente acaba se perdendo. E eles falavam tanto na guerra de deuses novos X deuses antigos e quando finalmente acontece você pensa: é só isso? E cadê o tanto de deuses que mostrava no trailer da série? Talvez meu problema foi assisti-lo antes de ler o livro, aí fiquei esperando algo que não aconteceu. Esse lado de novos deuses foi pouco explorado, infelizmente o Neil perdeu a mão nessa parte.


Mas de resto, é uma leitura bem diferente do que estou acostumada e gostei bastante! Tô doida pra assistir à série! Alguém aí já viu?


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