I'll wait for you there, like a Stone.
Dizem que todo relacionamento começa melhor com uma mentira.
Ou com uma aposta. E foi por isso que a gente acabou. Tudo foi cedo demais,
apressado demais, intenso demais, perto demais.
Você não vai ler um texto meu, porque nunca se importou com o
que eu escrevia, mas tenho uma folha em branco então é isso o que vou fazer. Há
10 meses eu não colocava a minha mão num papel e caneta para escrever.
Parabéns. Você conseguiu.
Eu nunca escrevo sobre algo que fica. Só escrevo sobre o que
vai embora.
Se eu estou escrevendo sobre você, é porque de alguma forma acabou.
O sentimento ou a história (Será que chamo disso? Foi uma história?)
No momento em que pus meus pés naquele bar e escutei os
versos:
“I'll wait
for you there, like a Stone”
do Audioslave
eu sabia que não ia durar.
Eu sempre sei.
Se tenho vontade de escrever sobre alguém é porque sei que esse alguém irá embora.
Se tenho vontade de escrever sobre alguém é porque sei que esse alguém irá embora.
Tinha acabado de chover e a rua estava toda molhada, como se
o céu tivesse colocado tudo pra fora. As luzes refletidas na rua tornavam a
cidade melancólica.
Dizem que como tudo começa é como tudo termina.
Minha mão não se cansou de tocar nos seus dedos machucados
pelas cordas do violão. Eu tenho marcas como a sua, mas as minhas não podem ser
sentidas. Você não pode escutá-las como eu escuto os acordes de suas músicas. Minhas
marcas estão despejadas numa folha de papel.
Dez meses sem encarar a tinta no papel, mas ainda fico com a mesma
indagação do que escrevi/senti por último:
O que é pior? O
que permanece em nossas lembranças ou o que vai embora cedo demais?
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