Resenha: As Mil Noites - E.K.Johnston

by - segunda-feira, outubro 24, 2016


Sinopse: Clássico da literatura universal, as histórias de As mil e uma noites estão no imaginário de todos — do Oriente ao Ocidente. É impossível que alguém nunca tenha ouvido falar sobre Ali Babá e seus quarenta ladrões, ou sobre Aladim e o gênio da lâmpada. Ou sobre Sherazade, a mulher sagaz e inteligente que se casou com um homem cruel, e, por mil e uma noites, driblou a morte narrando contos de amor e ódio, medo e paixão, capazes de dobrar até mesmo um rei. Em As mil noites, a história se repete, mas com algumas diferenças… Quando Lo-Melkhiin chega àquela aldeia — após ter matado trezentas noivas —, a garota sabe que o rei desejará desposar a menina mais bela: sua irmã. Desesperada para salvar a irmã da morte certa, ela faz de tudo para ser levada para o palácio em seu lugar. A corte de Lo-Melkhiin é um local perigoso e cheio de beleza: intricadas estátuas com olhos assombrados habitam os jardins e fios da mais fina seda são usados para tecer vestidos elegantes. Mas a morte está à espreita, e ela olha para tudo como se fosse a última vez. Porém, uma estranha magia parece fluir entre a garota e o rei, e noite após noite Lo-Melkhiin vai até seu quarto para ouvir suas histórias; e dia após dia, ela continua viva. Encontrando poder nas histórias que conta todas as noites, suas palavras parecem ganhar vida própria. Coisas pequenas, a princípio: um vestido de seu lar, uma visão de sua irmã. Logo, ela sonha com uma magia muito mais terrível, poderosa o suficiente para salvar um rei...


As Mil Noites, de E.K. Johnston, é uma espécie de releitura do clássico Mil e Uma Noites, onde uma mulher engana um príncipe com histórias para permanecer viva. Estava esperando um livro bem fiel ao clássico, mas me deparei com um livro praticamente novo.

A autora pegou a ideia principal do clássico e criou seu próprio livro. Por ela ter morado algum tempo no Oriente Médio, acredito que tenha se sentido inspirada a escrever As Mil Noites. O livro é riquíssimo em detalhes, histórias do povo, lendas, etc. É uma leitura cheia de descobertas, mas me peguei um pouco decepcionada por causa da personagem principal e do príncipe. Pensei que ela realmente fosse enganá-lo contando histórias, mas o que o fascina é o poder que ela tem - e não o dom para contar histórias, como no clássico.

Achei curioso o fato dela não ter nome, muitos autores usam esse recurso, e na maioria das vezes é para fazer uma crítica ou alertar uma situação. Nesse livro, não ficou muito claro para mim o motivo.

Lo-Melkhiin é um personagem difícil de cativar os leitores, por ter matado mais de trezentas esposas. Pelo menos entende-se o motivo, já que está possuído por um demônio. Aliás, há capítulos em que o demônio dentro dele narra as cenas, achei bem curioso, mas pelo menos o leitor se situa.

No geral, prefiro o clássico ao livro As Mil Noites, de E.K.Johnston. Mas para quem deseja ler uma outra versão, com poderes, demônios e duelos no deserto, com certeza se encantará por este livro.

Alguém aí já leu?  


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