Resenha: As Mil Noites - E.K.Johnston
Sinopse: Clássico da literatura
universal, as histórias de As mil e uma noites estão no imaginário de todos —
do Oriente ao Ocidente. É impossível que alguém nunca tenha ouvido falar sobre
Ali Babá e seus quarenta ladrões, ou sobre Aladim e o gênio da lâmpada. Ou sobre
Sherazade, a mulher sagaz e inteligente que se casou com um homem cruel, e, por
mil e uma noites, driblou a morte narrando contos de amor e ódio, medo e
paixão, capazes de dobrar até mesmo um rei. Em As mil noites, a história se
repete, mas com algumas diferenças… Quando
Lo-Melkhiin chega àquela aldeia — após ter matado trezentas noivas —, a garota
sabe que o rei desejará desposar a menina mais bela: sua irmã. Desesperada para
salvar a irmã da morte certa, ela faz de tudo para ser levada para o palácio em
seu lugar. A corte de Lo-Melkhiin é um local perigoso e cheio de beleza:
intricadas estátuas com olhos assombrados habitam os jardins e fios da mais
fina seda são usados para tecer vestidos elegantes. Mas a morte está à
espreita, e ela olha para tudo como se fosse a última vez. Porém, uma estranha
magia parece fluir entre a garota e o rei, e noite após noite Lo-Melkhiin vai
até seu quarto para ouvir suas histórias; e dia após dia, ela continua viva.
Encontrando poder nas histórias que conta todas as noites, suas palavras
parecem ganhar vida própria. Coisas pequenas, a princípio: um vestido de seu
lar, uma visão de sua irmã. Logo, ela sonha com uma magia muito mais terrível,
poderosa o suficiente para salvar um rei...
As Mil Noites, de E.K. Johnston, é uma
espécie de releitura do clássico Mil e Uma Noites, onde uma mulher engana um
príncipe com histórias para permanecer viva. Estava esperando um livro bem fiel
ao clássico, mas me deparei com um livro praticamente novo.
A autora pegou a ideia principal do
clássico e criou seu próprio livro. Por ela ter morado algum tempo no Oriente
Médio, acredito que tenha se sentido inspirada a escrever As Mil Noites. O
livro é riquíssimo em detalhes, histórias do povo, lendas, etc. É uma leitura
cheia de descobertas, mas me peguei um pouco decepcionada por causa da
personagem principal e do príncipe. Pensei que ela realmente fosse enganá-lo
contando histórias, mas o que o fascina é o poder que ela tem - e não o dom
para contar histórias, como no clássico.
Achei curioso o fato dela não ter nome,
muitos autores usam esse recurso, e na maioria das vezes é para fazer uma
crítica ou alertar uma situação. Nesse livro, não ficou muito claro para mim o
motivo.
Lo-Melkhiin é um personagem difícil de
cativar os leitores, por ter matado mais de trezentas esposas. Pelo menos
entende-se o motivo, já que está possuído por um demônio. Aliás, há capítulos
em que o demônio dentro dele narra as cenas, achei bem curioso, mas pelo menos
o leitor se situa.
No geral, prefiro o clássico ao livro As
Mil Noites, de E.K.Johnston. Mas para quem deseja ler uma outra versão, com
poderes, demônios e duelos no deserto, com certeza se encantará por este livro.
Alguém aí já leu?
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