Resenha: A deusa cega - Anne Holt

by - segunda-feira, abril 24, 2017

Sinopse: O corpo desfigurado de um traficante de drogas. Um homem coberto de sangue vagando pelas ruas da capital da Noruega. E um advogado criminal de fama obscura assassinado com um tiro. Três eventos aparentemente isolados instigam o faro apurado de uma investigadora sagaz e irônica, que junto com seu colega mergulha em um caso com poucas pistas e muitas perguntas sem respostas. Em meio a boatos envolvendo advogados e o tráfico de drogas, mensagens codificadas e uma enorme rede de corrupção que pode chegar aos altos escalões do governo, a autora Anne Holt descreve uma teia de crimes e batalhas políticas na qual somente a deusa da Justiça pode se dar ao luxo de ter os olhos vendados.


Decidi dar outra chance para a autora Anne Holt, de quem falam tão bem lá fora. Já havia lido 1222, também da escritora, e não gostei muito (clique para ler a resenha). 

A Deusa Cega é um thriller, que gira em torno de uma sucessão de crimes envolvendo um advogado criminal, tráfico de drogas, etc. Nesse livro, podemos rever a detetive Hanne Wilhelmsen, só que mais jovem, antes do acidente que a deixou em uma cadeira de rodas (para quem não sabe, ela aparece em 1222, também). A personagem é muito mais legal nesse livro, senti mais emoção ao ler as partes em que ela aparecia. 
Narrado em terceira pessoa, esse livro nos mostra vários personagens, como Karen Borg, a advogada que encontra o corpo de um homem morto, o promotor Hakon Sand, que é apaixonado por Karen, e a detetive, como havia mencionado antes. A melhor parte do livro é o romance entre os dois. Apesar de se conhecerem há anos, foi só por causa dos assassinatos que retomaram o contato e puderam continuar de onde pararam. 

O suspense em si não me conquistou. Quando você desvenda todo o mistério e a identidade do assassino é revelada, você se pergunta: ok, mas quem é ele mesmo? Geralmente isso acontece quando o personagem não foi marcante o suficiente, e sinto falta disso nos livros da Anne Holt, pois a mesma coisa aconteceu em 1222. Por conta desse aspecto, dificilmente voltarei a ler outro livro da autora.
A narrativa até que flui, você sente vontade de descobrir a motivação dos crimes. Entretanto, há várias partes de enrolação, que para mim são completamente descartáveis. 

Alguém aí já leu A deusa cega? O que acharam?

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